A Câ­mara Mu­ni­cipal do Bar­reiro vai as­si­nalar o cen­te­nário do nas­ci­mento de Álvaro Cu­nhal em di­versas ini­ci­a­tivas. O ciclo pro­longar-se-á até 10 de No­vembro, data em que se cum­prem 100 anos do seu nas­ci­mento. O dia es­co­lhido para re­velar a par­ti­ci­pação da au­tar­quia nas co­me­mo­ra­ções também não po­deria ser mais ade­quado: 3 de Ja­neiro, dia em que – há 53 anos – Álvaro Cu­nhal se evadiu da for­ta­leza de Pe­niche para voltar à luta an­ti­fas­cista.

Numa con­fe­rência de im­prensa em que surgiu acom­pa­nhado pela ve­re­a­dora da Cul­tura, Re­gina Ja­neiro, e por re­pre­sen­tantes de en­ti­dades par­ceiras do pro­jecto, o pre­si­dente da Câ­mara Mu­ni­cipal, Carlos Hum­berto de Car­valho, afirmou que «fazer re­fe­rência ao cen­te­nário de Álvaro Cu­nhal, no mo­mento pre­sente, é um acto de li­ber­dade e de afir­mação da de­mo­cracia em Por­tugal». Se­gundo o au­tarca, «pa­receu-nos que de­víamos as­si­nalar o cen­te­nário do nas­ci­mento de um homem que foi uma das mais ricas e fas­ci­nantes per­so­na­li­dades do sé­culo XX por­tu­guês». Pela his­tória e per­curso do Bar­reiro na re­sis­tência à di­ta­dura, que cons­titui o seu «bi­lhete de iden­ti­dade», faz todo o sen­tido a par­ti­ci­pação do mu­ni­cípio nas co­me­mo­ra­ções, acres­centou Carlos Hum­berto.

As ini­ci­a­tivas a re­a­lizar va­lo­ri­zarão o «lu­tador pela li­ber­dade, o cons­trutor da de­mo­cracia», mas também o ar­tista, es­critor e «ci­dadão por­tu­guês que não só re­flectiu como cons­truiu e in­ter­veio de forma mul­ti­fa­ce­tada em di­versas áreas». O plano de co­me­mo­ra­ções en­contra-se aberto à con­tri­buição de di­versos par­ceiros que se qui­serem juntar à Câ­mara Mu­ni­cipal do Bar­reiro, como já fi­zeram a Ar­tes­fera – As­so­ci­ação de Artes Plás­ticas do Bar­reiro, a Co­o­pe­ra­tiva Cul­tural Po­pular Bar­rei­rense e o Cine Clube do Bar­reiro, que es­ti­veram pre­sentes na con­fe­rência de im­prensa.